Goleiro Felipe em foto clássica de escola
A primeira escola de Felipe em Salvador não existe mais. Mas no local, situado no bairro de Itapuã, ainda vivem Everaldo e Madiane Machado, professores do goleiro do Corinthians na infância. Colecionadores de camisas usadas pelo jogador, os dois falam com orgulho do fato de terem ajudado em sua formação educacional.
- O Felipe sempre foi uma pessoa muito querida aqui, mas eu tinha de pegar no pé dele, porque ele não entregava as lições de casa. Só queria saber de bola e de namorar. Ele era muito namorador – contou Madiane, professora de história.
Também tenente da Polícia Militar, Everaldo Machado era o professor de educação física de Felipe. E o responsável pela ordem na escolinha Dan Dan, que mais tarde se chamaria Colégio Professor Machado. Era ele quem controlava as crianças para não haver bagunça e era “acusado” de práticas militares.
- A garotada costuma dizer que aqui era um regime militar, porque eu ficava em cima deles. Daqui de cima eu falava com eles e dava bronca. Tinha vezes que tinha 200, 300 crianças correndo aqui – contou o Tenente Machado, de cima da varanda.
O estilo militar de Everaldo, porém, era diferente do de Jorge, pai de Felipe, que não era a favor de o filho de tornar um atleta da bola. Muitas vezes o goleiro do Timão teve de omitir que ia treinar. Mas a chateação do pai era com o descaso na escola.
- Eu fiquei muito chateado com ele, porque ele perdeu um ano na escola, e que queria que ele estudasse. Mas depois, quando ele foi para as categorias de base da seleção, eu vi que futebol era o negócio dele mesmo – comentou Jorge.
Hoje, o pai é um dos principais entusiastas do filho. Costuma alertar o goleiro sobre os adversários e acompanhar os jogos sempre que possível. Neste sábado, por exemplo, ele vai trabalhar até às 13h e depois partirá para Feira de Santana, onde acontece o jogo entre Corinthians e Bahia, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

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